terça-feira, 18 de junho de 2013

QUANDO COMPUTADORES SERÃO TÃO PODEROSOS QUANTO O CÉREBRO HUMANO?

De máquinas gigantescas que ocupavam o andar de um prédio a aparelhos que cabem no bolso, os computadores passaram por uma evolução impressionante em questão de décadas – dobrando sua capacidade de processamento a cada 18 meses, aproximadamente. Se mantivermos esse ritmo, quando a humanidade estará mais próxima de um cenário como o de O Exterminador do Futuro ou Eu, Robô

Antes de prosseguir, é importante estabelecer um critério de comparação. A equipe do site Mother Jones escolheu a capacidade de cálculos por segundo e, para facilitar a visualização, traçou um paralelo entre a quantidade de água (em onça fluida estadunidense, que equivale a cerca de 29 ml) do Lago Michigan (EUA) e o número de cálculos que o cérebro humano consegue realizar em um segundo.

Em cálculos por segundo, o volume em onças fluidas do Lago Michigan é igual a capacidade do nosso cérebro: 2,88 x 10¹⁷. Se o esvaziássemos e o quiséssemos preencher totalmente, isso seria possível em 85 anos. Ou seja, partindo de um cálculo por segundo em 1940, os computadores seguem evoluindo cada vez mais rápido e, nesse ritmo, chegarão à capacidade do cérebro humano em 2025. Se isso vai se traduzir em robôs tiranos capazes de escravizar a humanidade, porém, ainda é cedo para dizer.

Gizmodo

TODA A INFORMAÇÃO DIGITAL DO MUNDO CABE EM UM ÚNICO CÉREBRO HUMANO

Segundo uma nova pesquisa, se fosse possível colocar todos os dados do mundo em CDs e empilhá-los, a pilha se estenderia da Terra para além da lua.

Esse e muitos outros dados e conclusões foram descobertos por Martin Hilbert e Priscila López, que assumiram a difícil tarefa de descobrir quanta informação está lá fora, e como seu armazenamento mudou com o tempo.

Toda a infra-estrutura tecnológica do mundo tem uma capacidade incrível de armazenar e processar informações, que alcançou 295 exabytes em 2007 (um número com 20 zeros), um reflexo da transição mundial quase completa para a era digital.

Hilbert e López pesquisaram mais de 1.000 fontes e peneiraram através de 60 categorias incrivelmente completas de tecnologias analógicas e digitais, de papel e discos de vinil até discos Blu-ray. Ao todo, os pesquisadores dizem que o mundo poderia armazenar 295 trilhões de megabytes comprimidos; comunicar quase dois quatrilhões de megabytes, e realizar 6.4 trilhões de MIPS (milhões de instruções por segundo) em computadores de propósito geral.

Alguns dos resultados parecem óbvios, como o fato da internet e redes de celular terem crescido bastante (28% ao ano), enquanto a TV e o rádio cresceram muito mais lentamente. Outros são mais surpreendentes, como a descoberta de que 75% da informação armazenada do mundo ainda estavam em formato analógico em 2000, principalmente sob a forma de cassetes de vídeo. Em 2007, 94% da informação do mundo era digital.

Em 2007, todos os computadores de uso geral no mundo computavam 6,4 x 1018 instruções por segundo. Segundo os pesquisadores, fazer isso a mão levaria 2.200 vezes o período desde o Big Bang.

A evolução é clara: em 1986, primeiro ano examinado pela dupla, 41% de todas as computações eram feitas por calculadoras. Em 2000, os computadores pessoais estavam fazendo 86% da computação. Até 2007, hardwares de videogames estavam fazendo 25% das computações. No geral, consoles de jogos tem mais poder de computação do que os supercomputadores do mundo.

Os telefones celulares representavam 6% de todas as computações em 2007. É importante notar que esse é o primeiro ano que o iPhone foi lançado, e um ano antes que alguém pudesse comprar um celular desse estilo no mercado de massa. É justo supor que este número tem aumentado exponencialmente desde então.

Porém, eis uma informação que não tem comparação: no grande esquema de informação, estes números que parecem gigantes são apenas um “pontinho”. Eles são ainda menores do que o número de bits armazenados em todas as moléculas de DNA de um ser humano adulto solteiro.

Por exemplo, as 6,4 x 1018 instruções por segundo que a humanidade realizou em computadores de uso geral em 2007 estão na mesma área que a estimativa do número máximo de impulsos nervosos executados pelo cérebro humano em um segundo. Quem precisa de computador? 

POPSCI

ESTUDOS MOSTRAM IMPACTO DE PROPAGANDA POLÍTICA NO CÉREBRO

Diversos cientistas norte-americanos trabalham para avaliar os impactos que as propagandas políticas têm no cérebro dos eleitores. A informação divulgada pela agência de notícias Associated Press aparece em um momento propício para se debater o assunto: na próxima terça-feira (07), os EUA realizam eleições para eleger o partido que controlará o Congresso e governadores de 36 estados.
O psiquiatra Marco Iacoboni, da Universidade da Califórnia, em Los Angeles (UCLA), realiza um trabalho para identificar as áreas estimuladas no cérebro dos eleitores quando seus candidatos são atacados. “O efeito dessas propagandas no cérebro são chocantes”, afirmou o especialista. Uma de suas descobertas foi o fato de os norte-americanos perderem parte da empatia com seus políticos favoritos, depois de estes candidatos serem agredidos por seus opositores.
Em 2004, Iacoboni fez um estudo no início da campanha presidencial disputada entre George W. Bush e John Kerry. Quando os voluntários viam uma foto de seu candidato, a parte do cérebro associada à empatia era estimulada. Quando se deparavam com o opositor, o estímulo ia para áreas ligadas ao desgosto.
Ao repetir o trabalho no final da campanha, depois de os eleitores terem visto diversas informações negativas sobre seus candidatos, o sinal de empatia indicado pelo cérebro desaparecia. “Quanto mais você for bombardeado por propagandas, mais será afetado por elas”, disse Iacoboni.
O professor de psicologia George Bizer, do Union College in Schenectady (Nova York), colocou sensores em voluntários para medir reações faciais -- como sorrisos -- relacionadas às propagandas. “Todos dizem que as odeiam, que elas são horríveis. No entanto, os estudos mostram que elas funcionam”, disse o professor. Na maioria dos casos, acredita Bizeer, os ataques podem fazer com que eleitores desistam de votar em seus candidatos.
Shanto Iyengar, professor de comunicação da Universidade de Stanford, e co-autor do livro “Como a Propaganda Eleitoral Diminui e Polariza o Eleitorado” (em inglês), defende uma opinião parecida. “A propaganda negativa aumenta as chances de o eleitor do ‘agressor’ votar, enquanto diminui as possibilidades de voto para o ‘agredido’”, afirmou o especialista.
 
Os políticos parecem já ter notado a eficácia dos ataques para prejudicar a campanha de seus concorrentes. Segundo a Associated Press, os partidos apostam mais nas propagandas “negativas” (contra os adversários) do que “positivas” (a seu favor) -- essa taxa fica em dez para um.
G1

O BOCEJO É O TERMOSTATO DO CORPO HUMANO

Nosso cérebro é como um computador: os dois funcionam melhor quando estão frios. Quando colocados sob uma tensão muito grande, eles superaquecem e tem a capacidade de processar informações reduzida.
Quando nossa cabeça começa a aquecer, o bocejo funciona como um “termostato” natural, que permite que o ar fresco entre e leve o cérebro de volta para uma temperatura saudável.
 
Um estudo com 160 voluntários do Arizona (EUA) descobriu que as pessoas bocejam quase o dobro no inverno, quando a temperatura corporal é maior do que a do ambiente. Haveria menos benefícios em bocejar no verão porque o ar respirado seria mais quente que o corpo da pessoa.

A temperatura do cérebro é influenciada pela quantidade de trabalho que o cérebro tem que processar, a temperatura do sangue e a taxa na qual ele flui para o cérebro.
Um cérebro superaquecido pode causar sensações de sonolência, o que explica porque nós bocejamos quando estamos com sono. Quando você está prestes a dormir, depois de um dia cansativo, o cérebro certamente está com a temperatura no ponto mais alto do dia. 

Telegraph

NEURONIOS PODEM TER UM ENORME EFEITO EM CADEIA

Você já deve ter ouvido falar naquela teoria sobre efeitos em cadeia, que diz o seguinte: quando uma borboleta bate as asas no Brasil, provoca um furacão nos Estados Unidos, ou algo parecido. Para cientistas da Universidade da Califórnia (EUA) essa teoria pareceu fazer sentido, mas não em seu significado literal. Eles estão se dedicando a testes baseados nessa ideia para esclarecer aspectos ainda obscuros sobre o funcionamento do cérebro humano.

Os neurônios são a chave do estudo. A ideia do cientista que coordena o projeto foi a seguinte: provocar uma pequena perturbação em um neurônio e observar se ela poderia dar origem a um efeito em cadeia e resultar em consequências observáveis no corpo. Para isso, eles controlaram a transmissão de impulsos de um neurônio de um rato.

Para determinada tarefa, eles provocavam um impulso extra nos dendritos (porção final de cada neurônio), para observar a continuidade. Esse único impulso a mais causou trinta novos impulsos na transmissão para o neurônio seguinte, esses trinta causaram, cada um, novos trinta impulsos no seguinte, e assim por diante. Pode parecer insignificante sabendo que os dendritos produzem milhões de impulsos, mas a interferência se propaga, por sua vez, por milhões de neurônios.

Isso pode ajudar a explicar porque às vezes nós confundimos coisas, nos esquecemos de umas e lembramos outras. Nosso cérebro absorve muitas informações a cada momento, o que torna comuns essas “interferências” (impulsos nervosos fora do que seria normal, se você passasse o dia todo sem pensar em nada), a cada instante. Por isso, embaralhamos informações.

Mais uma vez, nasce a comparação com computadores. Se pudéssemos ouvir o ruído no interior de nossos cérebros (ainda bem que não podemos) veríamos que é muito mais barulhento do que qualquer computador, já que são muito mais impulsos se cruzando a cada instante. Os neurônios estão ligados uns aos outros como em uma gigantesca fiação (tal como os computadores) então, uma pequena alteração parece ser mesmo capaz de fazer uma grande diferença no conjunto. Cada neurônio conecta-se a outros dez mil, em média. Se pudéssemos colocar todos eles lado a lado, em uma única linha, seriam 8.000 km de neurônios. Mais do que você vai caminhar em uns dez anos, no mínimo. 

Science Daily

REGIÃO NOBRE DO CÉREBRO É CAPAZ DE ‘PREVER’ QUANDO VERÁ UMA FACE

Área ligada exclusivamente á identificação de faces age mesmo quando interpreta um rosto, como na famosa "face de Marte".
 
Segundo cientistas, o córtex frontal envia informações para uma área especificada do cérebro, que decodifica rostos. 
 
Cientistas comprovaram uma teoria que diz que o cérebro é capaz de prever uma informação antes de recebê-la, ao mesmo tempo em que encontraram uma ligação entre uma área cerebral nobre, ligada á atenção e à memória, e outra, logada á identificação de faces. 
 
Ninguém vê uma face da mesma maneira que vê um objeto qualquer. Ao ver um rosto, nós automaticamente registramos a aparência da pessoa, como ela está se sentindo e como ela se relaciona conosco. Por isso, não é surpreendente que uma certa parte do cérebro seja devotada, exclusivamente, para fazer isso. 
 
Um especifico, chamado de "área fusiforme de faces" [ou FFA, na sigla em inglês], na parte posterior inferior do cérebro, é ativado somente quando achamos que vimos um rosto. Mesmo que apenas um pescoço apoiando um circulo cinza nos seja mostrado, a FFA é ativada. Se confundirmos um objeto com uma face, também. No entanto, se confundirmos uma face com um objeto, nada acontece. 
 
"Esse comportamento dessa área especifica levou cientistas a interpretarem que a atividade neural ali não é estimulada apenas pelo mundo exterior, mas também por expectativas e crenças internas", explicou o autor do estudo. Christopher Summerfield, da Universidade Columbia, em Nova York, ao G1. "Esses sinais internos" precisam, então vir de outra parte do cérebro. E foi exatamente isso que descobrimos", diz ele. 
 
Em seu estudo, publicado na revista "Science", Summerfield observou o cérebro de algumas pessoas, através de ressonância magnética, enquanto elas respondiam a certos estímulos. Eles mostraram faces tanto para quem esperava ver faces, quanto para quem esperava ver qualquer outro objeto. Da mesma maneira, mostraram objetos para os mesmos dois grupos. 
 
Conforme esperado, nós descobrimos que a região FFA respondia tanto quanto se via um rosto, quanto quando se esperava ver um rosto. No entanto, encontramos também uma região, no córtex frontal, sensível apenas á expectativa por uma face" conta Summerfield. "Com isso, pudemos mostrar, depois, que havia ligação entre essa área e a FFA. 
 
O estudo de Summerfiel comprova uma antiga teoria de psicólogos chamada "codificação preditiva". Segundo ela, o cérebro prevê uma informação antes de recebê-la, facilitando a codificação.  Summerfield explica "quando você está conversando com um amigo, sabe que ele não vai desaparecer. Então, quando você
se vira, seu cérebro, sabe que quando voltar, o amigo estará lá. E já codifica isso antecipadamente", explica. 
 
Uma vez eu estava pintando o banheiro do meu apartamento e tirei um espelho que havia na parede. No meio do serviço, tive que viajar por duas semanas. Quando voltei, havia esquecido que o espelho não estava ali. Quando me virei, por uma fração de segundo, vi minha imagem refletida, conta o cientista. 
 
Para ele, o estudo não é importante apenas por mostrar que podem existir neurônios especializados em prever imagens, mas também porque mostra, pela primeira vez, 
um fluxo de informações entre uma área mais nobre do cérebro e uma região ligada a recepção visual. 
 
G1 SP

ROBÔS INDUSTRIAIS DIRIGIDOS COM OLHOS E SOBRANCELHAS

O objetivo é facilitar a programação dos robôs industriais quando é necessário ensiná-los a mexer com novas peças ou novas ferramentas. 

Programação por movimentos
Mexendo as sobrancelhas, o pesquisador seleciona qual junta de um robô industrial deve se mover.
Piscando os olhos, ou concentrando a atenção em um determinado ponto, ele efetua o movimento desejado.
"Eu uso o movimento dos meus olhos, sobrancelhas e outras partes do meu rosto," diz Angel Perez Garcia, da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia.
E o que há de prático nisso?
"Bem, todo o mundo sabe que os robôs industriais são pré-programados e relativamente inflexíveis," diz o pesquisador, exemplificando o caso da troca de ferramentas usadas pelo robô e sua adaptação para pegar novos tipos de peças.
"A substituição das garras e do programa de orientação do robô é um processo complexo, e nós queremos tornar isso mais simples. Queremos programar robôs de forma mais intuitiva, e não apenas na forma tradicional, utilizando um painel com teclas pressionadas por um operador," diz ele.
Para isso, ele está adaptando as tecnologias de "controle de equipamentos pelo pensamento" para o ambiente dos robôs industriais.
Para ir mais direto ao assunto, o pesquisador dispensou os pensamentos, e está guiando o robô por seus próprios movimentos.
Cada movimento facial gera uma atividade neural na parte do cérebro responsável pela coordenação motora, que é forte, padronizada e mais fácil de captar por meio de sinais de eletroencefalografia do que a simples intenção de movimento.
O objetivo é que o pesquisador - ou o programador de robôs - guie o braço industrial, ensinando-o a mexer com as novas peças ou com a nova ferramenta.
Enquanto os primeiros movimentos são feitos, os dados são gravados para gerarem a programação definitiva do robô.
Os pesquisadores noruegueses estão também comparando a precisão obtida por meio dos capacetes de leitura neural e por meio de um Kinect, que é bem mais simples de operar.
Site Inovação Tecnológica - 12/06/2013